UM DRINK COM EMILY KINNEY

VOCÊ SEMPRE ESCOLHE CAFÉ AMERICANO?

Deliciosos! Adoro eles. Café americano com um pouco de leite de amêndoa é meu favorito.

EM SUAS MÚSICAS VOCÊ NORMALMENTE ESCREVE SOBRE O AMOR. ENTÃO, QUAIS QUALIDADES VOCÊ PROCURA EM UM HOMEM?

Oh cara. Eu tenho essa coisa de adorar o trabalho que eu faço. Me leva para longe, e não apenas fisicamente quando estou em turnê. Eu costumo escrever por mim mesma, por isso me obrigo a ter algum tempo sozinha. Eu quero estar com alguém que está bem fazendo suas próprias coisas e saiba que só porque eu quero ficar sozinha não significa que eu não quero sair com ele, que eles são ambos importantes para mim. Acho que posso encontrar isso em qualquer tipo de pessoa, mas eu meio que imagino que eu iria querer estar com alguém que também é um artista ou músico - alguém que também requer um pouco disto.

EU TENHO QUE PERGUNTAR, O CARA QUE VOCÊ ESCREVEU EM SUA CANÇÃO "JULIE" PAROU DE VER JULIE?

Não! Eu acho que eles se casaram, eu fiquei sabendo por aí. Não funcionou; minha campanha falhou. Escrever uma canção não faz um cara gostar de você, ao que parece. Mas eu continuo fazendo. [Risos]

UMA VEZ QUE ESTAMOS AQUI NO RICHARD BRANSON'S HOTEL, UMA DAS MINHAS CITAÇÕES FAVORITAS DELE É, "UM TOQUE DE TREMORES AGUÇA A MENTE, MANTÉM A ADRENALINA FLUINDO E AJUDA VOCÊ A SE CONCENTRAR." VOCÊ CONCORDA COM ISSO? VOCÊ FICA NERVOSA SE APRESENTANDO?

Eu gosto de um pouco de nervosismo. Eu acho que há certo foco quando você está animado, de modo que ajuda a impedir a entrada de outras coisas. Eu costumava ter muito medo do palco, então eu diria que, nesse caso, talvez ele não me ajudou. Eu esquecia todas as coisas que praticava porque eu simplesmente não tinha controle sobre meu corpo e se você é um performer no palco há certa quantidade de controle que você precisa. O nervosismo começou a desaparecer quando eu percebi que não era grande coisa. Eu estou no palco cantando e o pior que pode acontecer é eu errar. A única coisa que realmente machuca é meu ego, sabe? Isso não é ciência, você não está realizando cirurgias. Pode ser assustador estar no palco, mas a melhor coisa que pode acontecer é você mudar alguém e você se conectar com alguém neste incrível nível emocional. O pior que pode acontece é você bagunçar um pouco. Talvez a única coisa machucada seja o seu ego, e quem realmente se importa!?

MELHOR PARTE DA TURNÊ "THIS IS WAR" ATÉ AGORA?

Estou amando ver que existem tantos fãs da minha música lá fora. Estou acostumada a interagir apenas através do Twitter e Instagram. É divertido ir para uma cidade e estar em uma sala cheia de pessoas que conhecem todas as letras. Você interage fisicamente com eles.

VOCÊS DESENVOLVERAM ALGUM RITUAL PRÉ-SHOW OU VOCÊS AINDA ESTÃO TENTANDO DESCOBRIR ISSO?

É cedo o suficiente então ainda estamos descobrindo isso. Nós percebemos que era bom ter um momento apenas com a banda antes de entrar no palco. Em nosso primeiro show e nós tivemos um momento agradável. Demos as mãos e dissemos: "Ok, vamos nos concentrar na música, deixar o dia pra lá e aproveitar o momento no palco." Nós não fizemos isso no segundo show da turnê e no terceiro show notamos que algo que não estava bem. Nos sentimos dispersos. Portanto, agora virou um ritual. Nós fazemos isso, não importa o quê. Nosso tour manager sabe, ele diz, "Onde vocês vão ter o seu momento?”.

QUANDO VOCÊ TEM UM TEMPO LIVRE NA ESTRADA, O QUE VOCÊ FAZ?

Normalmente, quando eu viajo –e fico em quartos de hotel e tenho um grande espaço sozinha – eu tendo a escrever, mas em uma turnê estamos todos juntos em uma van, por isso é mais uma situação de grupo. Nós ouvimos um monte de podcasts de comédia de modo que é muito divertido estar na van.

QUAIS PODCASTS DE COMÉDIA VOCÊS ESCUTAM?

Ouvimos um monte de Louis C. K.

VOCÊ POSTOU NO INSTAGRAM UMA FOTO DO LIVRO "MANEIRA DO ARTISTA: UM CAMINHO ESPIRITUAL À UMA CRIATIVIDADE MAIOR" –VOCÊ LEU ESTE LIVRO?

É tipo um livro de conselhos e eu comecei a lê-lo quando descobri que seria morta em "The Walking Dead" –Eu precisava de um pouco de foco. Eu tinha vivido em Atlanta [por causa do show], portanto, eu não estava triste apenas por estar deixando um emprego, mas havia também a mudança e eu me perguntava o que deveria fazer em seguida. Eu estava me sentindo puxada em várias direções, o livro deu-me estes exercícios para fazer. Uma coisa que eu guardei comigo é escrever três páginas de manhã. Eu acho escrever muito gratificante. Quando eu estava trabalhando em algumas coisas isto me deu foco, "Toda manhã eu vou escrever três páginas." É algo que eu ainda faço. Para mim, escrever é realmente importante.

VOCÊ SE ESPELHOU EM ALGUÉM, AO LONGO DO CAMINHO, QUE CONSEGUIU TER UMA CARREIRA DE SUCESSO ATUANDO E CANTANDO?

É algo que eu estive pensando sobre porque as pessoas têm dito: "Em algum momento você vai ter que escolher um ou o outro?" Eu sempre senti como se ambas fossem partes importantes da minha vida. Eu amo atuar; Eu amei trabalhar em "The Walking Dead", mas escrever canções é algo que eu tenho que fazer. Elas vêm para mim e eu penso em canções e tenho de escrevê-las. Tom Waits fez um monte de atuação e filmes. Zooey Deschanel é outra. Ela tem sua banda e ela também está em um programa de TV legal. Ela é alguém que encontrou a maneira perfeita para ter um equilíbrio de todas as coisas que ela ama. Eu acho que quando você é um artista, você quer trabalhar em projetos que inspiram você. Não importa, necessariamente, se é um programa de TV ou uma música ou um filme. Existem histórias que você quer contar e expressar.

TALVEZ VOCÊ POSSA BEBER COM A ZOOEY E PEGAR O CÉREBRO DELA!

Sim! Eu acho que somos tão diferentes. Seja o que for que você faça –se você é uma pessoa criativa –como isso se encaixa em sua vida é muito diferente. Então, como isso funcionou para a vida [de Zooey] e o que funciona para ela pode, não necessariamente, funcionar para mim. Eu atuo por mais de 10 anos profissionalmente e uma coisa que eu aprendi é realmente ouvir aquela voz interior e saber o que é bom para mim em momentos diferentes. Se eu quero estar em Nova York fazendo uma peça e encontrar os meus amigos durante o dia, fazer um show ou se eu quero estar na estrada, ficar um pouco isolada e cantar minhas músicas todas as noites. Basta eu ouvir o que essa voz diz.

VOCÊ MUDOU DE NEBRASKA PARA NOVA YORK COM VINTE E POUCOS ANOS. NOS LEVE DE VOLTA A ESSE MOMENTO, VOCÊ ESTAVA COM MEDO?

Bem, eu tive sorte. A primeira vez que me mudei para Nova York eu havia sido escolhido para fazer um pequeno programa na NYU. Na primeira vez que me mudei, eu tinha um semestre na NYU, por isso houve certa estrutura e eu estava estudando na Playwrights Horizons Theater School. Perto do final, quando o semestre estava prestes a terminar, eu comecei a ir para audições e eu consegui uma peça, a minha primeira peça profissional e eu fiquei. Uma vez que a peça acabou eu não tinha ideia do que fazer. Eu não tinha um agente, eu não tinha dinheiro. Eu andava pela cidade de New York vivendo com amigos, então eu voltei para Nebraska. Eu trabalhei em uma loja de café então, havia guardado algum dinheiro. Eu continuei trabalhando em algumas classes e, em seguida, uma vez que eu senti como se tivesse poupado o suficiente –o que não era muito dinheiro, apenas alguns meses de trabalho– então eu mudei pra NY de novo e desde então não saí, exceto para o trabalho. Foi um momento muito assustador e emocionante.

COM APENAS 25 ANOS VOCÊ CONSEGUIU O PAPEL COMO BETH GREENE EM "THE WALKING DEAD". PARECE QUE VOCÊ NÃO FICOU MUITO TEMPO TRABALHANDO NO CAFÉ.

Sim, de imediato, quando cheguei a Nova York eu não perdi tempo esperando uma audição. Eu me lembro da primeira noite que eu cheguei em Nova York pela segunda vez e eu não tinha um apartamento ou o meu trabalho no café, mas eu já estava pensando em ir para uma audição na manhã seguinte. No começo eu não gostava de Nova York. Agora eu amo. É minha casa. É um dos meus lugares favoritos do mundo, mas eu estava lá para um propósito muito específico, eu queria trabalhar no teatro e eu queria trabalhar de todas as formas possíveis –teatro e música. Para mim, o melhor lugar para isso é New York City.

O QUE NINGUÉM FALA SOBRE AUDIÇÕES?

Você rapidamente aprende que tipo de papeis você deve tentar. Você conversa com outros atores e você descobre de que agências ele são. Você começa a conhecer alguns diretores de elenco. Talvez a coisa mais importante é que não se trata de um teste. No início, eu só precisava de experiência, eu só precisava ir para audições, portanto, há algo sobre não levar pro lado pessoal... Mesmo agora, ainda assim, eu vou para um monte de audições em uma semana se eu estou em Nova York e eu não pego a maioria deles. Sabe? A maioria dos trabalhos que eu pego. É uma coisa estranha ser um ator. Você tem que ser totalmente aberto e emocional, mas você também tem que ter casca grossa.

É VERDADE QUE VOCÊ NÃO ASSISTIA A SI MESMO NA SÉRIE?

Eu vou assistir. Eu tento não fazer aquela coisa onde você assiste mais e mais e você fica tipo: "Por que eu deixei minha cabeça desse jeito, por que eles não escolherem aquela tomada?".

EXISTEM HÁBITOS QUE VOCÊ ESTÁ TENTANDO QUEBRAR ENQUANTO CANTA NO PALCO?

É engraçado. Logo no início do teatro é dito para você se livrar de certos hábitos para que você possa interpretar personagens diferentes. Com a música estou tentando apenas ser honesta e ser eu mesma, então na maioria das vezes eu estou olhando para coisas que podem distrair ou prejudicar minha voz ao invés de tentar me livrar de hábitos que são meus hábitos. Eu só estou sendo eu mesma. Eu não estou sendo um personagem. Tudo bem se eu faço isto ou aquilo ou danço estranho. Eu só estou sendo eu mesma. Eu mais olho para coisas quando tomo um fôlego maior antes de determinadas notas. As pessoas vêm para ver e ouvir música ao vivo, então eu quero dar a eles um show de qualidade.

SE VOCÊ PUDESSE SAIR EM TURNÊ COM QUALQUER UM, QUEM SERIA?

Ellie Goulding, seria fantástico. Ou Regina Spektor e Colbie Caillat. Seria legal estar com outra garota e em turnê. Algo como isso poderia ser divertido. Eu sou uma grande fã de Paramore e eu nunca os vi tocar, mas eu assisti tantos vídeos no YouTube que eu sinto como se os tivesse visto ao vivo. Adoro eles.

QUE OUTRO PAPEL NA TV VOCÊ GOSTARIA DE INTERPRETAR?

Eu gostava de interpretar Beth, ela era tão doce e eu gosto de como, no final, ela ficou mais forte. Eu gosto de imaginar que seria legal interpretar alguém, talvez, que teve uma história difícil. Também quero fazer algo engraçado. Eu interpretei um monte de papeis dramáticos, como quando eu fiz "Spring Awakening", "August: Osage County" e, obviamente, "The Walking Dead" é ​​um drama muito sério. Eu acho que seria muito divertido fazer algo engraçado, também.

UM DOCE DE ESTRADA?

Eu amo doces de goma: ursinhos de goma, ursinhos de goma com cobertura de chocolate, gomas de melancia.

ÚLTIMA MÚSICA QUE VOCÊ BAIXOU?

Eu baixei aquele álbum Bat for Lashes. Há uma canção "Laura". Você os conhece? Esse álbum é tão bom!

SE VOCÊ PUDESSE TER UMA BEBIDA, COM QUALQUER UM, QUEM SERIA?

É chato dizer que eu só quero ficar com minha família? Com minha irmã mais nova ou algo assim? Música e atuação levam você muito longe. Seria ótimo dizer que eu quero sair com alguém famoso, mas na verdade eu só quero sair com a minha irmãzinha.

QUEM É A SUA ROCHA EM SUA FAMÍLIA?

Ela muda dependendo do que eu estou fazendo. No entanto, são ambas as minhas irmãs. Eu tenho uma irmã mais nova que está na faculdade de direito e minha irmã mais velha vive em Colorado Springs. Sempre que tenho qualquer problema ou se eu estou estressada sobre algo, eu posso chamá-las e elas meio que me trazem de volta à realidade. Minhas irmãs são demais!