EMILY KINNEY DECLARA "GUERRA" EM SEU RECENTE ÁLBUM
- Anne/Mari
- 12 de out. de 2015
- 12 min de leitura

Quando a personagem de Walking Dead de Emily Kinney, Beth, encontrou seu falecimento na série ano passado, pareceu que o país inteiro estava em choque na manhã seguinte. Mas Kinney si mesma já estava trabalhando em seu próximo passo criativo: segundo álbum, This Is War, que está lançado agora.
Ela recentemente falou com Radio.com sobre o álbum, assim como seus papéis mais recentes em The Flash e Masters of Sex (ela também estará interpretando uma personagem na próxima temporada de The Knick). Ela também abordou a questão: ela ainda assiste Walking Dead agora que ela não é mais um membro do elenco.
~
Você conta histórias vívidas nas suas canções. É parte do seu processo que você crie a narrativa primeiro, e então a instrumentação vem depois?
Sim. Eu tendo a compor sozinha, compor as músicas e as letras, a melodia, independente de pensar na produção. E então, uma vez que está completo, em seguda e vou ao estúdio, e eu tenho uma canção que possui toda uma narrativa e toda uma melodia, e então eu começo a pensar sobre, ok, que tipos de sons eu quero tipo por baixo das letras? Eu amo escrever palavras e poemas, então a música é uma espécia de apoio em tudo isso.
Esse álbum parece que tem um tema subjacente. Quando você estava decidindo o que colocar no novo álbum, você estava pensando sobre isso ou apenas dizendo, “eu amo essa música, eu amo essa música”?
Sim. Eu, na verdade, quando eu escrevi o título da faixa, “This Is War”, eu escrevi aquilo, oh, eu não sei há quanto tempo atrás, mas eu na verdade, estava ainda trabalhando em Walking Dead. Eu estava em Atlanta. E quando eu vim com essa canção, eu meio que tive esse momento... originalmente eu estava tendo outras ideias para o que meu próximo álbum seria e o que o tema seria. Eu brinquei ao redor com essa ideia de “a parte divertida” sendo a próxima, ou eu tive todas essas outras ideias que estavam ressaltando na minha mente.
Mas quando eu escrevi “This Is War”, eu pensei, “isso é o que eu quero que o álbum inteiro seja sobre”. Aquele era o tema, e eu queria que a turnê fosse nomeada assim. Tornou-se essa coisa inteira que eu queria fazer, e então eu comecei a escolher canções baseadas no que eu achava que iria encaixar no álbum.
Algumas das canções, como “Michael” ou “Berkeley’s Breathing” eram na verdade canções que eu escrevi um bom tempo atrás, e algumas canções como “Brthday Cake” eram super, super novas, e “This Is War” era super nova quando eu estava decidindo. Então isso foi mais sobre descobrir canções que pareciam como se eu realmente estivesse no meio de algo, ao invés de dizendo adeus, e canções que pareciam como se eu estivesse me projetando por mim mesma.
Onde "Weapons" entra?
Weapons foi uma música que eu escrevi quando estava me sentindo muito esperançosa sobre uma relação, e muito feliz. E tem algo sobre mim quando eu estou realmente envolvida com uma relação, especialmente quando é boa. E tudo pareceu muito calmo, e eu senti como se eu quisesse terminar a gravação com aquilo, porque eu quis realmente que ficasse meio, ah, é sobre isso que eu estou lutando, é esse tipo de amor calmo.
Os estágios mais iniciais de uma relação, a bolha que todos nós entramos.
Sim. Sim, mas eu acredito que a esperança que dura um pouco mais, sabe? Então é isso o que eu imagino; eu adoraria se isso se tornasse uma bolha bem confortável onde eu ainda pudesse trabalhar.
Tudo pode acontecer. Tipo nós podemos fazer isso, e podemos fazer isso ao mesmo tempo.
Certo.
O que leva a "Birthday Cake" também.
Sim. Sim, e na verdade "Birthday Cake" e "Weapons" foram escritas durante a mesma época. Eu sinto que "Weapons" foi o jeito que eu queria terminar o álbum, num modo mais pacífico e eu coloquei essas guerras ou algo assim para trás.
"Birthday Cake" é uma música mais feliz e bem esperançosa, mas é definitivamente como, "eu sei que eu estou longe, mas isso é só o começo, vamos lutar por isso. Eu sei que é uma grande distancia, mas nós podemos fazer isso dar certo." E eu estou colocando para fora todos os meus sonhos e colocando para fora todas as razões do porquê nós seríamos tão bons juntos.
Você pode falar um pouco sobre "Mess"?
Quando eu escrevi essa música, eu meio que primeiro criei os versos, na verdade. E era tudo sobre a ideia de que aquela música em particular era sobre uma situação onde eu estava sempre saindo com essa pessoa, mas no final das contas eu me sentiria como se de repente eu tivesse perdido, tipo perdido o controle da minha vida. É exatamente o que diz. Tem essas migalhas de biscoito sobre todo o meu apartamento, e tudo que era tão bonito e organizado, agora parece bagunçado.
E eu sempre me senti daquele jeito depois de sair com aquela pessoa, mas eu não conseguia parar. Porque depois no refrão tem todas as coisas que eu gosto nisso, como o jeito que sua jaqueta de couro cheira ou o cheiro de seu cigarro. Mas o cigarro cheira meio que sujo. Sabe, tem algo sobre isso que apenas bagunça com a minha vida, mas num jeito bem animador.
É incrível como em suas letras você está sempre falando de alguém. Eu me pergunto se você alguma vez já recebeu alguma reação de alguma pessoa que sabia que era sobre esse alguém. Você já recebeu alguma reação interessante ou feedback?
Sim. Hmm... Eu definitivamente recebi feedback de pessoas que tentaram adivinhar. Você sabe o que é pior? Okay, isso é tipo desviar o assunto. Mas sabe, "Michael", o que é pior é se você namora alguém novo com o mesmo nome, e aí eles falam depois disso, eles vêm até o seu show, e depois eles te encontram no final, e eles falam: "Ah, aquela música, 'Michael', aquilo é sobre mim?" E aí você precisa dizer "Oh, não.". Então eu já recebi essa reação.
Mas enquanto a música tiver a possibilidade de ser para alguma pessoa ou sobre alguma coisa, é sempre meu ponto de vista, e é sempre a minha experiência. E eu sou uma pessoa criativa, então minhas músicas são criadas a partir de um lugar bem real, mas ai minha imaginação assume. Então mesmo se eu falar que algo possa ter parecido áspero, talvez eu não me sinta desse jeito até uma hora depois de eu ter escrito. Porém essa é a parte da diversão de ser uma escritora de canções ou atriz, é realmente mergulhar em uma emoção e explorá-la. E eu sinto como se a música fosse um lugar bem seguro para dizer exatamente como você se sente. Tipo, eu acho que uma das razões para qual eu amo escrever músicas é porque na vida real você não quer dizer algo para as pessoas que possa machucá-las. Mas a música parece um lugar seguro, ou eu decidi de alguma forma que esse é o lugar onde eu digo o que eu quero dizer e quando eu digo o que quis dizer.
Eu namorei com dois Michael em seguida, então eu entendo.
Oh, tantos Michaels no mundo. É impossível evitar isso. Sim, eu namorei muitos Michaels. Na verdade, eu não estou namorando mais Michaels, então… é. Sem mais Michaels. Já estou cheia. Eu tenho certeza que há alguns Michaels legais por aí, mas eles não são para mim.
Agora que você tem muitos outros álbuns em sua carreira, o que você diria ser o momento que lhe dá mais orgulho em terminar o álbum ou durante a produção do álbum?
Eu sinto muito orgulho desse álbum, e eu sinto como se eu tivesse lhe dado mais atenção do que eu dei para algumas das minhas coisas passadas, ainda mais nesse amontoado de pressão e a tour. Essa é a primeira vez que eu fiz uma turnê com um álbum nesse caminho. Nós fizemos uma turnê nacional; acredito que nós nos apresentamos em 33 cidades, algo parecido, vendemos todos os ingressos em vários lugares, e a banda foi fantástica; eles se tornaram grandes amigos.
E eu lembro do começo desse sentimento tipo, como isso vai funcionar? Como isso vai acontecer? Eu tenho que supostamente ser a chefe dessa turnê, sabe? Algo vai dar errado; eu vou me quebrar; algo muito ruim irá acontecer. E quando nós terminamos a turnê, eu me senti muito orgulhosa por isso.
É um estilo de vida diferente do que atuando.
Com atuação você está contratado para interpretar um papel. Claro, no papel, você está criando um personagem e você pode ser bem criativo. Mas você ainda está se encaixando na visão de outra pessoa; alguém escreveu essa peça ou essa série. Há outra coisa que você está sendo posto.
Mas com a música... Eu escrevo as músicas, então é aí que começou, e aí, é claro, tem todos os outros incríveis colaboradores, minha banda, meu produtor e meu empresário que me ajudam. Mas ultimamente, é a minha coisa, e por mais capacitador que isso seja-, isso também pode ser muito assustador.
Isso ajuda a você entrar no palco e ser aquela pessoa?
Eu definitivamente penso que ter uma história no teatro ajuda muito quando se trata de apresentar músicas, ainda mais nos termos de até gostar da sua voz. É um campo de treinamento estar no teatro. Eu trabalhei num musical chamado Spring Awakening; trabalhei numa peça chamada August: Osage County. Ter que cantar daquele jeito em oito peças por semana, você aprende como cuidar do seu corpo em todos os jeitos específicos. E eu creio que quando você está na estrada e não pode abusar de sua voz, você aprende a cuidar de você mesmo e a se apresentar daquele jeito. Então eu acho que esse tipo de treinamento tem sido muito útil enquanto eu faço música e sou uma cantora.
Mas é, para mim, estar no palco é um local muito seguro, porque eu sinto como se fosse um local onde há muito foco. Eu tenho tendência a ficar um pouco sobrecarregada no mundo real onde é tipo celulares e telas de TV e todas essas pessoas. Para mim, eu faço música porque eu me sinto tipo, bom, agora o show começo; Agora são 20:00h, ou agora é qualquer coisa e nós estamos no palco e todos nós estamos fazendo o que gostamos. E eu gosto disso. Enquanto nós estivermos lá em cima cantando e fazendo barulho, parece quieto para mim.
Pessoas costumavam sempre me perguntar, ou algumas vezes até agora as pessoas me perguntam: "Você não está cansada de cantar essa música?" e se você está no teatro, "Você não está cansada de fazer essa peça?" E eu fico meio, você ainda pode arruinar tudo a cada noite. É sempre uma nova audiência, e é sempre: tudo pode acontecer. Você pode cantar num jeito diferente e é uma pressão. Mas mesmo que coisas ruins podem acontecer, algo bem especial também pode.
Como você passa o tempo quando está na estrada?
Apenas depende. Muitas vezes estamos dirigindo. Quando você está na estrada, você geralmente só chega na próxima cidade, e é tudo sobre o show. Você fica tipo, okay, precisamos comer, e precisamos dormir, então é tudo sobre encontrar essas coisas, e desde que é um lugar novo a cada dia, isso ocupa grande parte do seu tempo.
Mas eu realmente amo café, e tendo certeza de continuar com cafeína durante o dia em um período constante é muito importante para mim, então eu abro um espaço para procurar todos os locais que vendem café por onde eu estou. Eu tento encontrá-los entre o tempo da checagem do som e o show ou enquanto eu estou por ai esperando. É muito divertido, e você pode aprender muito sobre a cidade apenas por ir em um lugar, na loja de café. E eu também gosto de lojas de livros. Parece muito chato. Gosto de olhar para os livros, livros velhos, eu acho.
Isso não é chato mesmo. Qual é o seu livro favorito que você tem em sua coleção?
Ah… Eu amo esse livro, Ruínas do Tempo. Eu amo ele; poderia lê-lo de novo e de novo. Eu na verdade só o li um verão atrás, mas eu amei. E eu amo Reparação. Eu também amo Mary Oliver. Eu devo soar como uma nerd agora. E eu amo livros reais. Eu tinha um iPad, e eu o deixei no avião, que, oh, eu sei que é horrível. Mas eu nunca o substituí, porque eu senti falta de ter meus livros. E ai eu penso, tanto faz. Eu gosto de sentir as páginas, e sublinhar coisas.
Me diga sobre a música "Last Chance".
Eu lembro que quando eu a escrevi, eu escrevi um dia depois de um show no Rockwood (Salão de Música em Nova Iorque), e eu tinha acabado de voar de volta do trabalho em The Walking Dead apenas para fazer um show rápido em Rockwood, e no dia seguinte eu tive basicamente o dia inteiro livre. E eu continuei prosseguindo com uma progressão pequena de acordes.
E foi meio que inspirado por essa ideia de estar no fim do mundo. Foi inspirado por certas pessoas e ideias em meu cérebro, e definitivamente foi como, "Essa é a nossa última chance para tentar fazer isso dar certo."
Mas eu acredito que essa é a qual as pessoas estão sempre meio, "Oh, The Walking Dead influenciou em sua música?" E essa é a música onde eu estava tipo, oh, essa ideia desse tipo de coisa de estar no fim do mundo, eu acredito que isso meio que entrou na minha canção.
Vamos conversar de papéis em geral. Existe algo que você ainda espera atuar?
Sim, eu não fiz uma fada ainda. Então, alguém faça isso acontecer. Eu sinto que eu vou ficar muito velha, e ai eu vou ter que atuar como uma fada idosa. Eu realmente quero ser uma fada, muito mesmo. Eu faria isto no palco também. Mas eu gosto da ideia de isso ser num filme ou TV, porque então poderia voar e coisas assim. Eu não sei, digo, definitivamente, agora que eu fiz The Walking Dead e fui em todas essas convenções, há mais em meu mundo, então estou muito mais ciente dessas fantasias fantásticas e todo esse tipo de coisa. E na verade, sim, eu amo trabalhar em séries que envolvem figurinos de época e coisas parecidas. Há algo sobre isso que torna fácil para você para entrar no mundo e ser aquela personagem. Tipo eu preciso dizer, trabalhar em Masters of Sex e trabalhar em The Knick, você coloca aquelas roupas e de repente você anda diferente e meio que fala diferente, e isso realmente ajuda em trazer os personagens à vida. Seu figurino é tudo.
A temporada de Masters of Sex já acabou. Sua personagem retornará para a próxima temporada?
Ah, eu não sei. Eu terminei meio que sendo o vilão, e eu fiz o personagem de Michael Sheen, Dr. Masters, em algum problema, então... Você sabe, eu sinto que só os caras ruins podem durar tanto. Então eu não sei. Não é igual a The Walking Dead; Eu não gosto de morrer ou algo assim, acredito que é possível.
Você levou um tapa na cara, no entanto.
Eu realmente levo um tapa na cara. Eu não acredito, entretanto, que ela é maldosa assim. Eu acredito que ela apenas quer pertencer a algum lugar e então, é. E ela está com o coração partido. Porque eu acho sim que a Nora desenvolveu uma queda no Dr. Masters, e eles acham mesmo que ela realmente se apaixonou por ele. Então eu acredito que ela estava apenas com o coração partido, um pouco.
Eu tive uma ótima experiência trabalhando com Michael Sheen; acho ele incrível. Foi muito bom trabalhar com todo mundo no elenco, e a escrita é incrível também. É o tipo de escrita que você quer lembrar as frases e por em seu bolso.
Você está retornando para "The Flash (2014)" ou para algum outro lugar no universo de super-heróis da CW?
Não tenho ideia. Eu espero que sim, porque eu amei fazer uma vilã. Eu realmente senti isso. Eu tive pessoas indo em convenções para me conhecer, e eles tem coisas de The Walking Dead e coisas da Beth, e isso é muito legal, mas algumas pessoas trouxeram coisas de The Flash para eu autografar, então isso é legal. Eu sinto como se The Flash fosse similar com The Walking Dead no caso de ter uma boa fã base que dá um ótimo suporte e amam tudo que você faz e falam nas redes sociais.
Fãs de The Walking Dead, eu sinto como se eles me deram uma oportunidade com a minha música que eles— você sabe, muitas vezes eu faço shows em convenções. Eu trago minha banda. A razão que eu sou capaz de fazer isso, e outros músicos não são, é por os fãs de Walking Dead que dão muito suporte e não é apenas Beth, mas também eu como atriz e como artista, e eles querem ver outros tipos de projetos que você talvez esteja preparando, e eu sou muito grata por isso. É uma dádiva.
Você ainda tem aquela pessoa aleatória gritando "Beth"?
Ah, sim. As pessoas me chamam de "Beth" nas ruas. Eu não me importo. Eu fiz essa personagem por quatro anos, então é definitivamente parte da minha—tem muito da Beth que é muito parecido comigo. Ela ama cantar, ela é de uma cidade pequena. Tem muitas coisas diferentes sobre nós, mas muitas similaridades também, e eu realmente passei por aquelas experiências com ela. Mesmo quando era apenas faz-de-conta, eu senti elas como se fossem reais muitas vezes. Então se alguém dizer: "Oi, Beth!" eu olho e digo "Olá.". Está tudo bem pra mim.
Você assiste Fear The Walking Dead, ou você assiste The Walking Dead em seu tempo livre?
Sim, eu acho que alguém escreveu em algum lugar uma vez que era tipo: "Emily Kinney parou de assistir," e não é que eu parei de assistir, é só que honestamente, eu não assisto muito televisão. Enquanto eu amo fazer séries na TV, eu não sento e assisto horas e horas de TV. Talvez alguma hora eu vou fazer maratona de alguma série. Eu amo TV, mas The Walking Dead é nos domingos a noite. Muitas vezes eu estou voando em domingos para algum lugar ou voando de volta de algum evento que foi no sábado.
Eu realmente não quis assistir minha personagem morrer, isso é verdade. Mas eu também após aquele ponto, não era mais conveniente, e eu não estava fazendo necessariamente um esforço específico para assistir. Mas eu vi os dois últimos episódios da última temporada, e eu quero ver Fear The Walking Dead, porque eu ouvi falar que é ótimo. Então é como qualquer outra série de TV agora, eu quero assistir, algumas vezes eu assisto e algumas vezes não. Mas eu estou tão ansiosa quanto todo mundo para a premiere. Eu quero vê-la. São meus amigos, eu quero ver eles fazerem o trabalho deles. É difícil manter contato com todos, mas aqueles são o tipo de amigos que você faz e você pode sempre entrar em contato com eles quando precisa. Então isso é muito especial.
Posts recentes
Ver tudoNo último final de semana, durante um dos painéis da Walker Stalker Cruise, Norman Reedus foi perguntado se ele e Emily Kinney estariam...
Comments